Neuro-Oncologia
O que é Neuro-Oncologia?
A neuro-oncologia é a área na medicina que realiza o acompanhamento e tratamento dos pacientes com tumores que afetam o sistema nervoso (cérebro, medula espinhal e nervos periféricos). Esses tumores podem afetar diretamente o sistema nervoso ou indiretamente, por meio de outros tipos de cânceres, como pulmão ou mama.
O que faz um Neuro-Oncologista?
O médico neuro-oncologista atua no tratamento de neoplasias do sistema nervoso central e em suas possíveis complicações como crises convulsivas, distúrbios de memória, dores de cabeça, dentre outros sintomas relacionados aos tumores. Realiza também o tratamento de complicações neurológicas referentes ao tratamento sistêmico dessas neoplasias como as neuropatias pós quimioterápicos e de complicações não neurológicas como trombose venosa profunda e broncopneumonia aspirativa.
O neuro-oncologista ainda possui a importante função de coordenar a reabilitação, seja ela, motora, cognitiva ou de linguagem desses pacientes com tumores de sistema nervoso central, priorizando sempre a melhor funcionalidade e qualidade de vida. Portanto, embora o trabalho principal seja tratar o tumor em si, frequentemente o trabalho é realizado de forma multidisciplinar para garantir a melhor abordagem possível do paciente neuro-oncológico.
Equipe multidisciplinar em Neuro-Oncologia
A equipe multidisciplinar pode incluir profissionais, como neurologistas, neurocirurgiões, neurorradiologistas, neuropatologistas, radioterapeutas, oncologistas, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, neuropsicólogos e terapeutas ocupacionais que utilizam todos os seus conhecimentos para fornecerem um tratamento e atendimento personalizados de excelência.
Qual a formação de um neuro-oncologista?
Atualmente existem várias formas de se tornar um especialista em neuro-oncologia, dentre elas é possível ter a formação em neurologia, neurocirurgia e oncologia.
Quais os sinais ou sintomas de um tumor cerebral?
Os sinais/sintomas de um tumor cerebral dependem do tamanho, da velocidade de crescimento e da localização do tumor. Dentro os sintomas mais comuns está a dor de cabeça intensa que geralmente é associada a vômitos e não melhora com uso de analgésicos e anti-inflamatórios. A dor de cabeça pode ser tão forte que pode chegar a acordar a pessoa durante a noite. O primeiro sintoma de um tumor cerebral pode ser também visão turva ou embaçada, convulsões, perda de equilíbrio, alterações no humor e no comportamento, dormência ou formigamento de alguma parte do corpo, perda de força, sonolência excessiva, esquecimentos, dificuldade na fala, dentre outros. Se apresentar qualquer desses sintomas um neurologista experiente deve ser consultado imediatamente.
Como realizar o diagnóstico de um tumor de sistema nervoso?
A suspeita de um tumor de sistema nervoso é feita através da história clínica e exame neurológico. Exames complementares de imagem como a tomografia computadorizada e ressonância magnética ajudam a levantar ainda a mais a suspeita, porém o diagnóstico só pode ser firmado com a biópsia que analisa o anatomopatológico e a imuno-histoquímica do tumor. Importante lembrar que existem sequências avançadas da ressonância magnética como a perfusão, difusão e espectroscopia que devem sempre ser pedidas em pacientes neuro-oncológicos, pois auxiliam no diagnóstico e até prognóstico desses pacientes.
Quais os principais tumores que o neuro-oncologista acompanha?
Os principais tumores que o neuro-oncologista acompanha são:
-Tumores cerebrais primários: glioblastoma, ependimoma, glioma, astrocitoma, oligodendroglioma, meduloblastoma e outros.
-Metástases: pulmão, mama, rins, cólon, melanoma e outros.
-Tumores do crânio: meningioma, schwannoma, estesioneuroblastoma, tumores glômicos e outros.
-Tumores da medula espinal.
-Tumores de nervos periféricos.
-Doenças genéticas: neurofibromatose, esclerose tuberosa e outras.
Quais as principais complicações que o neuro-oncologista acompanha?
O neuro-oncologista costuma acompanhar complicações neurológicas referentes ao tratamento sistêmico dessas neoplasias como as neuropatias pós quimioterápicos, dores de cabeça, epilepsia decorrente do tumor, dentre outras. Complicações não neurológicas também são acompanhadas por esse especialista como trombose venosa profunda, trombo embolismo pulmonar e broncopneumonia aspirativa.
Quais os tratamentos disponíveis para os tumores de sistema nervoso?
Os tratamentos disponíveis são quimioterapia, radioterapia e cirurgia. A quimioterapia pode ser feita com vários medicamentos, os mais utilizados para tumores com origem do próprio sistema nervoso central são os alquilantes, que danificam o material genético das células cancerígenas e reduzem seu crescimento. A radioterapia pode ser realizada de forma localizada ou sobre uma área mais abrangente como encéfalo total e medula total nos meduloblastomas. O tratamento cirúrgico visa a remoção de todo o câncer sempre que possível, tentando conservar a funcionalidade da área afetada e que terá parte removida, para que não haja ou haja poucas consequências. Lembrando que o tratamento de cada paciente neuro-oncológico deve ser individualizado pelo tipo do tumor e suas características genéticas, além de considerar as características individuais de cada paciente.
Sobre expectativa de vida
A expectativa de vida é reservada para cada paciente e depende muito das características de cada tumor e indivíduo. Muito além da expectativa de vida a neuro-oncologia visa a qualidade de vida.
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